24 de junho de 2008

Apelidos

Nossa, que saudade do meu blog! Depois de 20 dias sem fumar, 20 dias depois das férias e praticamente 20 dias sem pique pra escrever estou de volta...
 

E voltando hoje para casa pensei em escrever a respeito dos apelidos e adjetivos que damos ou recebemos das pessoas.
 
Eu estava no trânsito hoje quando um babaca me fechou. Ele estava totalmente errado, quase passou por cima da guia e me cortou pela direita! Imediatamente soltei meu mais novo adjetivo-apelido, aquele que tenho dado às pessoas babacas e sem noção que vivem fazendo besteira por aí: Zé Ruela.
 
Bom, de onde surgiu o Zé Ruela eu não tenho a menor idéia, adotei por ter ouvido meu irmão falar e achei engraçado. Tá certo que se levarmos em consideração o histórico do meu irmão para colocar apelido nas pessoas pode-se até suspeitar que isso foi invenção dele mesmo, mas com certeza deve ter sido um apelido inventado em algum tempo remoto por algum cara debochado em homenagem ao seu amigo babacão.

E é bem com esse significado que uso o Zé Ruela: pessoa babaca, o que se acha malandro mas é o pateta, o vacilão (figurinha muito comum hoje em dia, onde quer que você esteja).

Tem também um outro adjetivo-apelido, que tenho usado muitíssimo nos últimos tempos, tamanha a frequência de ocorrências que tenho visto no comportamento dos homens em relação às mulheres nos dias de hoje. O contrário também acontece, mas vou usar o exemplo carinha "inho"/mulherão (mas que vale também para a garota "inha"/homão) porque é o que parece acontecer com mais frequência, mesmo porque homão de verdade dando mole hoje em dia tá mais raro que mosca branca.

Mas vamos lá: Pense em um carinha bonitinho, charmosinho, legalzinho, totalmente "inho", bem do normalzinho. Agora pense numa mulher linda, inteligente, divertida, independente e descolada. Por alguma razão que nem Freud explica, essa mulher se interessa pelo carinha. Ao invés de aproveitar essa bênção provinda de alguma promessa pra arrumar mulher que ele deve ter feito pra Santo Antônio há uns mil anos atrás (e que só ele não percebeu que acabou de ser atendido), o fulano reage da seguinte maneira:

1) Fica com medo e foge
2) Fica mudo e acaba deixando a moça sem graça e sem saber o que fazer pra tentar estabelecer um bate papo com aquele ser que de repente ficou oco de assunto.
3) Olha pra aquele mulherão que por milagre se interessou por ele e fica se achando, imaginando que está com a bola toda (quando na verdade ela é quem deve ter tido um surto psiquiátrico) e acaba dando uma de gostoso esnobe.

Esse adjetivo-apelido eu agradeço a uma amiga por ter me apresentado, pois já ouvi vários adjetivos usados para descrever o cara que age assim com uma mulher, mas nenhum parece se encaixar tão bem e ser tão engraçado ao mesmo tempo. Deve ser simplesmente pela sonoridade da palavra, já que ela é apenas o nome do inofensivo peixe voador que aparece na fotinho desse post e aparentemente não tem nada a ver com o significado com que eu a uso, mas apenas ela consegue sustentar a força do adjetivo e o desejo de expressar, em uma só palavra, o fulano que age como qualquer uma das três situações acima citadas: o cara é COIÓ! E se além disso ele for daqueles que pegam o carro e saem a milhão ouvindo um funk carioca ou putz-putz no último volume, ele consegue o bônus: além de COIÓ é ZÉ RUELA também!

Tá certo que esses são alguns adjetivos-apelidos genéricos que eu uso no dia-a-dia, mas existem alguns apelidos mais pessoais que acabam realmente incorporando ao nome da pessoa, ou até substituindo-o!

E como já comentei lá em cima, vou usar meu irmão como inspiração, pois esse tem o dom de dar apelidos às pessoas. Por exemplo:

Rani - o nome de sua esposa (é isso mesmo, era pra ser "Honey", mas o nome se fundiu tanto que virou Rani na forma escrita, e ambos chegam a se chamar mutuamente de "Rã" apenas)

Babalu - minha irmã morena, de olhos castanhos e cabelos lisos que ele cismou ser parecida com a personagem de Letícia Spiller numa antiga novela, e a apelidou com o mesmo nome da personagem (reparem que a Letícia Spiller é loira de olhos verdes, igualzinha à minha irmã)

Hanoy - cunhado marido da Babalu

Jislow - minha outra irmã. Nesse caso ele fez uma fusão do apelido em função da abreviação do próprio nome dela (Ji) com um gremlin (Gizmo), porque uma vez ela resolveu imitar o tal Gremlin cantando. E o "w" do final foi por conta própria, acho que pra dar um charme...

Mister - cunhado marido da Jislow

Rosicler - cunhada esposa do "Çeusso"

Miréia - Essa que vos escreve. Além desse, ele (juntamente com o outro irmão "Çeusso") já me deram um milhão de apelidos: Milene Rás, Everest (e a saga do cabelo continua), Mimimi Telesena (em referência ao primo It da Família Adams, ou seja, a mesma crítica ao meu cabelo como no apelido anterior, acrescido à minha vontade de comprar uma telesena quando criança), entre tantos outros.

Derino Carioca - esse é um auto-apelido, que ele negou até a morte quando descoberto e sacaneado pelos outros irmãos, por conta da assinatura de uma cartinha de amor infantil com o tal "pseudônimo".

Meu irmão tem mesmo uma imaginação bem fértil para apelidos. Mas tenho alguns amigos e conhecidos que também têm apelidos bem interessantes: Marmita, Zé do Bote, Bigorna, Lêndia, Zanza, Fofucho, Bambam, Krekré (que também vive dando apelidos para os outros, como Cabelo, Toddynho (eu de novo), Coco, Loiro, Banana), Frango, Pinguim, Cabeça, Pitú, Clish, Lemon, Popov, Jacaré, Kiwi, Botucatu, Cris Joelho, Pai, Dejota, Tempero, Fandangos, Bete Puff, Zita, entre outros.

E num post falando de apelidos eu não poderia deixar de citar a família Reis Caldeira ultra criativa nesse quesito. Porque afinal de contas são tantos os apelidos que de alguns parentes ninguém nem sabe o nome!

Eis alguns deles: Toco (um tio e uma prima), Déda, Filhinha, Sando, Luis Barqueiro, Ezezo, Côca, Didia, Tatana, Idé, Bié, Vina (ou Gracinha) e Seu Biltes (meus pais), Zaé, Chio, Dodô, Tudi, Cuca, Bolão, Pepe, Figonha, Marga, Mica, Didi, Vicoto, e por aí vai...

O fato é que um apelido é uma nova identificação que se cria para a pessoa. Podem ser carinhosos, apenas o diminutivo do nome ou a abreviação, ou denotar alguma característica própria do indivíduo.
Mas sempre têm, lá no fundo que seja, algum significado bem verdadeiro, que em alguns casos podem até ser traumatizantes ao apelidado.

Portanto, pra finalizar, e por eu ser muito boazinha, vou deixar uma dica super especial para quem ler esse post: seja inteligente o suficiente pra não ganhar o apelido de "Zé Ruela, o Coió".

Porque se esse apelido pegar porque tem a ver com você, pode ter certeza de que isso vai queimar bem feio o seu filme...

Música do dia: Televisão (Titãs). Em homenagem ao meu pai e seu outro apelido "Ô Cride, fala pra mãe!"

3 comentários:

Sayuri disse...

hahaha Raniiiii
deve ser hilááááriooo
e vc tem que postar com mais freqüência, RANIIIII

Milene Reis disse...

Sayuri
Espero que minha inspiração volte ao normal logo nesse pós-férias, também adoro quando surgem as idéias pra escrever sobre alguma coisa divertida...
Ah, e eu não sou Rani, eu sou Miréia! rsrs
Bjos

Unknown disse...

o melhor dos apelidos foi o Rani, ou melhor, 'Rã'.
gostei do post :)

beeeeeijin :*