Sim, eu perdi o amor
Nos caminhos do meu caminho.
Perdi na contramão?
Talvez numa manobra errada,
Talvez num desvio qualquer.
Perdi porque tinha que perder
Para então o compreender
Ou perdi porque não era pra ser?
Não sei dizer.
Só sei dizer que perdi.
Mas sei que ele foi visto por aí,
Vagando por um outro caminho.
E assim continuou seguindo,
Cada vez mais distante,
Se afastando do meu caminho
Onde achei que um dia o reencontraria.
Até que o reencontrei,
Em uma das trilhas da vida.
Mas ele não era mais o mesmo...
Não era o amor que eu perdi.
Parecia diferente.
Depois de tanto tempo,
Cresceu e ficou independente.
Independente de mim
Independente do meu caminho
Independente do próprio caminho
Independente de tudo.
Mas mesmo ao longe pude perceber
Que mesmo estando mudado
Ainda mantinha a sua essência.
Uma essência pura,
Uma essência sincera,
Ingênua como só o
Amor poderia ter.
E compreendi que por mais independente que ele fosse,
para sempre seria dependente.
Dependente dessa essência,
Dependente desse seu único sonho:
o sonho de não ter sido perdido
Nos caminhos do meu caminho.
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